Achei pertinente escrever sobre este retorno do técnico Gilmar Iser ao Esporte Clube Novo Hamburgo. Acredito que todos nós saibamos dos fatos acontecidos no ano passado quando o Novo Hamburgo vinha embalado no Campeonato Gaúcho, e prestes a enfrentar uma “pedreira” contra o time titular do Inter, o técnico Gilmar se demitiu do Novo Hamburgo para tentar reerguer o Juventude que vinha (e vem) numa queda vertiginosa. O auxiliar técnico Paulo Turra assumiu a bronca com competência e coragem, porém não conseguiu manter o time nas primeiras posições, e logo depois, saímos prematuramente do campeonato. No segundo semestre o clube continuou apostando em Paulo Turra para a Copa Dallegrave onde mais uma vez não conseguiu grandes resultados, o que acabou por determinar a demissão de Turra para a entrada de Leandro Machado, promessa de grande treinador, associada a boas contratações. Agora tínhamos tudo para estar nas primeiras posições com certo conforto, mas não é o que vem acontecendo... Num campeonato em que cada jogo pode significar uma boa tomada de posições, o Novo Hamburgo que teve sua formação fechada poucos dias antes do iniciar o campeonato, ao invés de ganhar corpo e desenvoltura, vem batendo cabeça com raríssimas finalizações e uma zaga sofrível... As duas últimas derrotas contra o São Luiz e o Caxias, culminaram na demissão de Leandro Machado, e fez com que o clube recorresse ao técnico que outrora havia abandonado o clube. Acho que cabe aqui uma comparação novelística ao marido que abandona o lar por um rabo de saia, quando a esposa esta prestes a ganhar um bebê, e depois de renegado pela amasia, retorna ao lar. O desconforto é notório. Na época que o fato aconteceu, houveram dirigentes que bradavam “ele nunca mais coloca os pés no Novo Hamburgo”. A torcida injuriada por tamanho abandono, manifestou seu descontentamento com a faixa “Adeus I$er” exorcizando o fantasma do futebol mercenário por uma visão romantica que talvez só exista mesmo em nossos sofridos corações. Mas eis que o tempo se mostou mais uma vez remédio para tudo nessa vida. Até mesmo para o futebol. O fato é que Gilmar Iser vinha cortejando o clube faz tempo. E o clube nunca deixou de acalentar esse amor bandido. Não podemos negar que nossa história de amor com o técnico foi linda, nos concedeu um título inesquecível e talvez estivesse mesmo na hora de tentar uma renovação, um tempo no relacionamento para voltar agora triunfante com os ânimos recuperados. Faltou comprometimento, mas jamais faltou respeito. Faltou profissionalismo, mas jamais faltou competência. Faltou dinheiro, mas jamais faltou empenho. Pesando na balança, a diretoria achou por bem relevar as mágoas passadas, e aceitar de volta esse grande técnico. E Gilmar também por acreditar que sua história de amor para com o clube ainda não terminou. Vou dar esse voto de confiança ao Gilmar que tantas alegrias me concedeu, e peço que a torcida também o faça. O assunto já foi debatido a exaustão e cabe a nós relevar, olhar pra frente. Vamos focar nossa atenção em sanar nossos maiores problemas. Precisamos aumentar significativamente o número de finalizações. Não podemos mais errar passes como vem acontecendo. Não se pode permitir cruzamentos livres na área, nem que o nanico Chicão tente ganhar cabeceio de frente pro gol. Falta estruturar e educar o time, pois temos um grande potencial. Paulinho, Papa, e Rodrigo Mendes se mostram boas surpresas e profissionais dignos de vestir a camisa do Nóia. Cabe a outros conscientizarem-se que sem empenho e competência, não se vai a lugar algum. Bom retorno ao lar, Gilmar. Sucesso para todos. Quem sabe não retomamos aquela história abruptamente interrompida ano passado nesse jogo contra o Inter? Vamo lá Nóia!
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