Parece até redundante o título acima, mas às vezes é necessário parar mesmo pra pensar o óbvio. Principalmente em momentos de dificuldade. É assim na vida, é assim no futebol. De tão ruim, deprimente e intolerável é a situação do Noia no Gauchão, o que me passa pela cabeça no momento é: será que está tudo perdido mesmo? Será que não há chance de forças unidas darem a volta por cima, como muitas vezes esse mesmo clube deu na sua história? Será que a torcida deve largar de mão ou submeter à vaia a camisa anilada por causa de um ou dois jogadores displicentes? Isso vindo ainda mais de uma torcida de poucos, mas fanáticos que pelo clube muito já se doaram? A resposta pode ser algo subjetivo ou polêmico, mas a ação única decorrente de qualquer discussão que se leve em conta estes pontos básicos e nevrálgicos é uma só: torcida, torce, depois cobra, pois apenas depois de torcer ela tem dividendos em a ver com quem ficou devendo. É fácil jogar a toalha! Difícil é juntá-la quando a maioria está pisando nela. Foi assim nos anos 90 quando o Esporte Clube Novo Hamburgo foi abandonado pela comunidade hambuguense. De lá pra cá as coisas mudaram, a torcida se renovou e a paixão reacendeu. É preciso mostrar que as coisas não são como eram, que essa torcida atual é feita por torcedores de verdade. É preciso ir ao estádio, não pelo pedido do técnico, mas pelo compromisso com o clube, pelo valor da camiseta, que ficará sempre, independente de comissões, dirigentes e jogadores. Quarta-feira atravessarei a região metropolitana pra ir ao Estádio do Vale e farei valer o meu esforço, que já tem mais de 30 anos de atividade. O protesto tem que acontecer, mas o pedágio pra isso é a torcida. Grandes times só são grandes quando essa é uma premissa. Só acaba quando termina, e somente após o apito final é que se dá o veredito.
Força, Noia! Dá-lhe, Noia!
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